27/09/2012

à minha passagem
o caminho encheu-se de flores e luminosidade...
A primavera esta no ar!


Cozinhar é como tecer um delicado manto de aromas, cores, sabores, texturas. 
Um manto divino que se deitará sobre o paladar de alguém sempre especial.
Eu vou inventar uma verdade sem problemas e um caminho doce pra poder voltar e catar todos os caramelos que tiraram de mim. 
E mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. 
Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim…”
( Marcelo Camelo)
"Quem eu sou, você só vai perceber quando olhar nos meus olhos, ou melhor, além deles."
Clarice Lispector

04/09/2012


"A felicidade vibra na frequência das coisas mais simples."
- Ana Jácomo -



"Ouço um passarinho cantar perto da cozinha. 
Não posso vê-lo, mas, porque canta, ele me alcança e perfuma a textura do meu instante.
Como o pássaro é o coração que ama: canta o seu perfume sem imaginar onde ele chega. 

E, ao amar, imperceptivelmente, ajuda a amaciar a textura do mundo..."



- Ana Jácomo -



02/09/2012

Quando entrar setembro


Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...(Sol de primavera)
Beto Guedes



Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles



é setembro,
é primavera,
tudo se enche  de cor, 

flor, 
amor e renovação.

Com ele o sol, a brisa suave, as flores desabrochando e novas expectativas. E a certeza de que tudo é transitório e se renova. É só saber esperar que o frio e a chuva passem, ou então aceitar que tudo é vida e que podem nos trazer coisas boas. Não me refiro às coisas grandiosas, mas nas pequenas satisfações diárias e que podem passar sem serem notadas, mas que podem se constituir em luxo para os menos favorecidos como uma cama quentinha no inverno, um café recém passado e fumegante com um cheirinho convidativo, um pão saído do forno, o calor de uma lareira, um chá ou um bolo de chocolate feito com carinho para ou por pessoas que amamos.
A chuva pode ser ruim, como tudo que for em exagero, mas na medida certa é indispensável para fazer brotar a vida.
Adoro o sol. Creio que não saberia viver sem ele. São muitos os idosos que não resistem aos meses de inverno, cujos dias cinzentos levam à depressão.
Pois na primavera o sol parece ser na medida certa. Nem escasso nem escaldante como no verão. Suficientemente quente e iluminado possibilitando que seus raios destaquem as diferentes nuances do colorido das flores. Seus raios se refletem no brilho do olhar das pessoas tornando o sorriso e a vida mais iluminada.
Setembro tem sabor de recomeço, de coisa nova, de despertar e, sobretudo de esperança e alegria. Não só para as pessoas. Também para a natureza que se enfeita e comemora todo o espetáculo da vida.
Outro dia percebi as andorinhas no céu.
Neste momento, de entardecer suave com os raios do sol a iluminar as águas que correm mansamente no açude, ouço o cantar dos pássaros nas árvores próximas com meu companheiro fiel que de longe deve assemelhar-se a uma gola de pele branca rodeando meu pescoço, atento aos mínimos movimentos ao redor. A uma distância maior vejo alguém a cavalgar. Isto aumenta minha vontade de fazer o mesmo.
Lembro uma série de prazeres que desejo me proporcionar. São metas estabelecidas que por ter escolhido outras prioridades ainda não pude atingir. O importante é não se sobrecarregar. Saber fazer cada coisa a seu tempo.
Neste momento estou refazendo rotas, redefinindo objetivos para fazer tudo que me propus, com correção e alegria.
Não é necessário pressa. Para tudo há o momento certo. Há o tempo de plantar, o de podar, arrancar os galhos secos, coisas mortas para concentrar as energias, ter mais espaço força e vigor e assim fazer boa colheita.
É um momento de observação, reflexão e tranqüilidade que me faz mais uma vez ter a exata sensação de que tenho muito a agradecer.
- Isabel C. S. Vargas -

dias de abandono

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Beleza Roubada